É fato que para tornar-se empreendedor, seja de uma pequena ou grande empresa, necessita-se, primeiramente, de uma certa quantia de capital para investimento. Muitas operações precisam ser feitas para manter uma empresa. Levantar e realizar melhorias na estrutura física do local, investir em equipamentos, contratar uma equipe de profissionais, dar conta do fluxo de gastos mensais etc.
Entretanto, não só de investimento perdura-se um negócio. É preciso, também, ter vontade e coragem. A vontade é um sentimento que deve vir acompanhado de ousadia, a qual deve nos mover e nos incitar a querer fazer algo, a uma ação. Vontade sem coragem não cria e nem muda nada. E este é um dos pilares do empreendimento que, frequentemente, paralisa os empresários (as) em suas jornadas.
Efetivamente, empreender ou mudar os caminhos de empreendimentos já ativos não é fácil, pois sair da zona de conforto requer, como dito acima, propósito e ousadia para agir. E, quando os três pilares citados já estiverem em prática, (investimento, vontade e coragem) é preciso ainda compreender, desenvolver e aplicar diariamente outros requisitos.
Seja você um jovem empresário (a) ou alguém já experiente no mercado de trabalho, há sempre premissas a serem aplicadas e melhoradas em sua empresa. Para isso, ter noção dos pilares teóricos das funções administrativas, criados pelo engenheiro francês Jules Henri Fayol, é essencial.
Planejamento: conhecer a própria empresa
O primeiro deles é o planejamento. Este é o requisito mais teórico. Para fundar uma empresa ou aplicar melhorias em uma já existente, faz-se necessário conhecer o seu próprio negócio. Quais os pontos fortes e fracos, tanto do seu negócio quanto do seu segmento comercial? Sua empresa possui uma cultura própria? Quais os valores pautados por esta cultura? Os pontos fortes e fracos da sua equipe são reconhecidos e melhorados?
Além disso, é durante o planejamento que as necessidades materiais da empresa são pautadas e o capital direcionado para o investimento das necessidades. Por exemplo, investir em uma contínua digitalização de seu negócio é essencial nos tempos atuais. O investimento em tecnologia possibilita a economia de tempo e dinheiro e aumenta a eficiência das tarefas diárias.
Organização: a parte prática das descobertas
A partir do conhecimento acerca da própria empresa, seguida de um planejamento, torna-se possível trilhar caminhos mais transparentes e efetivos. A organização é o pilar mais prático, onde a cultura, os valores, os objetivos e as necessidades da empresa, que foram traçadas anteriormente, devem estar sendo perseguidas e alinhadas por toda a equipe.
Direção: confiar e delegar
É importante ressaltar que a partir do planejamento e da organização, torna-se possível organizar o fluxo de trabalho de forma mais transparente, o que possibilita observar se as tarefas da equipe estão distribuídas de forma justa e assertiva, de acordo com as especialidades e os pontos fortes de cada um.
Dada essa análise, torna-se possível, por exemplo, delegar tarefas, ou seja, não acumular afazeres em cima de determinadas pessoas. Para delegar, é necessário ter e transparecer confiança em sua equipe. A confiança é um sentimento que deve ser mútuo dentro de uma empresa, ou seja, tanto a liderança deve ter confiança em sua equipe quanto esta deve ter no (na) líder tal qualidade.
Tendo essa reciprocidade, a confiança pautada gera incentivo dentro da organização que, por sua vez, fortalece o engajamento da equipe em seguir os objetivos pautados, de acordo com a cultura da empresa, traçada no momento do planejamento.
Avaliação: compartilhamento de ideias e melhorias
O último e não menos importante pilar da administração é a avaliação. É por meio desta que são feitas análises dos procedimentos práticos que foram pautados durante o processo de organização. A partir daí, torna-se possível apontar quais as melhorias devem ser tomadas para uma maior eficiência da equipe.
Neste processo o foco é a comunicação e o feedback. É durante a fase de avaliação, pautada pelo compartilhamento de análises e ideias, que uma qualidade é comumente incentivada e exposta em uma equipe, a criatividade.
A criatividade é uma habilidade cada vez mais reprimida no desenvolvimento das pessoas, devido à forte mecanização do dia a dia, mesmo sendo esta inerente a todo ser humano e tão necessária no cotidiano, pois é ela que faz fluir ideias e soluções inovadoras. O hábito da colaboração e da criatividade deve ser valorizado dentro de uma empresa que busca vida longa e próspera.
Autoconhecimento organizacional
Os tópicos explicados acima podem e devem ser aplicados tanto em novas empresas quanto em empresas já em atividade, que começaram errado em sua estrutura organizacional. Estas podem recomeçar, passando a conhecer a si mesma.
O autoconhecimento é o que possibilita a criação de objetivos e caminhos a serem trilhados para tal. Pautando os valores, as metas, e compartilhando estas de forma transparente a toda equipe, de forma contínua, torna-se mais fácil traçar caminhos comuns e benéficos para o crescimento da empresa e de todos que dela fazem parte.
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